A Ferrovia Norte-Sul, tem sido pauta reivindicada a tempos, a Goiás Industrial destaca sua importância para a Indústria. Saiba mais:
- 2009-03-20
- 2009-03-20
A Realidade da Ferrovia Norte-Sul
História de Goiás
Situamo-nos entre aqueles que consideram a Ferrovia Norte-Sul ainda mais importante do que se imagina, para Goiás, o Centro-Oeste e o Brasil. Na visão do empreendedorismo, ela merece inclusão no rol das prioridades da gestão pública, na atualidade e nos próximos anos. Seu efeito desenvolvimentista tem tudo para extrapolar as mais otimistas previsões, daí nosso dever de empenhar-nos pela superação de todos os desafios surgidos, até sua completa construção.
Constituindo a base de sustentação de todos os desafios surgidos, até sua completa construção. Constituindo a base de sustentação do projeto Corredor Centro-Norte, a Norte-Sul interessa diretamente aos Estados do Pará, Maranhão, Piauí, Tocantins, de Mato Grosso e Goiás, além do Distrito Federal. Seu término e operação motivarão o surgimento, nessas unidades federativas, dentre outros, de megaprojetos de mineração, florestamento, siderurgia, metalurgia, cimento, calcário, fertilizantes e etanol, além de estimular a ampliação da produção de grãos e de outros produtos agropecuários, por constituir garantia de seu escoamento ao porto de Itaqui, no Maranhão.
Some-se a essa alentadora constatação a anunciada intenção do governo federal de interligar a Norte-Sul à Ferronorte, passando pelo Sudoeste goiano, a maior região produtora de grãos de Goiás, e estendendo-a a Santa Fé do Sul, em São Paulo.
Trata-se de um aval extraordinário à importância da obra, iniciada há mais de 20 anos e em implantação com recursos de Programa de Aceleração e Crescimento (PAC) do governo Lula. Com Tal acréscimo, a ligação do porto de Santos, em São Paulo, ao porto de Itaqui, passaria de sonho a realidade, viabilizando grandes empreendimentos industriais e um novo corredor de importação/exportação para o País. Seria o eixo central do sistema logístico ferroviário nacional, permitindo um modelo novo de crescimento, contemplando descentralização e novas oportunidades de geração de riquezas fora dos polos mais dinâmicos da economia brasileira. Se o original da Norte-Sul incluía 1.574 quilômetros de trilhos, ganhou mais 680 quilômetros entre Anápolis e Estrela D’Oeste, no Noroeste paulista.
A Goiás Industrial apresenta, nesta edição, um balanço da realidade e dos projetos a serem executados na Norte-Sul. A palavra é da Valec, responsável pelas obras em território goiano, discorrendo sobre seu prosseguimento depois dos efeitos da crise financeira mundial sobre o Brasil. Desses levantamentos, constam os preparativos do Porto Seco e da Plataforma Logística de Anápolis para atender ao aumento de cargas previsto para quando a Norte-Sul entrar em operação. Somente aquela região, segundo estudo encomendado pela Superintendência do Porto Seco, tem potencial para gerar 980 mil toneladas de cargas/ano, com estímulos adequados e o suporte da ferrovia. Isso significaria multiplicar por quatro a movimentação atual pelo porto, que é de 240 mil toneladas/ano.
Outra boa perspectiva: para funcionarem como polos de operação logística, ao longo da ferrovia, estão prevista a instalação de 13 plataformas de integração intermodal. Cinco serão em Goiás, com a mais ampla delas considerada por antecipação a de maior porte no País, planejada para se localizar entre Goianira e Inhumas.
Paulo Afonso Ferreira - Presidente da Fieg.
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Referência:
FERREIRA, Paulo Afonso. A Realidade da Ferrovia Norte-Sul. Goiás Industrial, Goiânia, Ascom, Março, 2009.
Capa revista Março, 2009 Revista Março, 2009