O DAIA - Distrito Agroindustrial de Anápolis é um exemplo de logística e atuação industrial do estado de Goiás
- 2018-10-15
- 2018-10-15
DAIA, a revolução industrial em Goiás
História da Indústria Goiana

Anápolis, desde sua fundação foi uma cidade privilegiada pela localização. Está a 59 km de Goiânia e 149 km da capital federal, Brasília. Considerada o “trevo do Brasil” pela facilidade de integração com as capitais do país. Possui proximidade de duas importantes rodovias: a BR-153 e GO-060. Fundada em 06 de agosto de 1873, Anápolis iniciou um processo de popularização chamando atenção de imigrantes sírios, japoneses, italianos e libaneses cooperando para consolidação do local. Desde o período da mineração, Goiás sempre sofreu com falta de estradas que impedia o intercâmbio com os estados do litoral.
Com a chegada da estrada de ferro em 1935, linha férrea que vinha da cidade de Leopoldo de Bulhões, os anapolinos comemoraram um marco histórico, importantíssimo de uma região que precisava do progresso. Em 1937 quando ocorreu à transferência da Capital de Goiás para Goiânia, deixando a sede administrativa do estado mais próxima de Anápolis, consequentemente trouxe uma relevância à cidade. E somado a isso, mais tarde, ocorreu à transferência da capital federal deixando Anápolis entre dois importantíssimos centros administrativos. A fundação do DAIA – Distrito Agroindustrial de Anápolis foi a excelência da industrialização do estado de Goiás. O Distrito representa o coração que faz pulsar a engrenagem da economia goiana. Criado em oito de setembro de 1976, possui 593 hectares em uma região extremamente estratégica geograficamente, fronteiriça com a BR-060 e 153 e GO-330, além de ser interligada ao Porto de Santos no estado de São Paulo pelo ramal da Ferrovia Centro Atlântica e ser o marco zero da ferrovia Norte-Sul. A consolidação desse sonho contou com grupo de empresários do município que uniu forças, articulou e mesmo enfrentando burocracias e descontentamento de alguns, o projeto saiu do papel no período da gestão do prefeito Irapuan Costa Júnior. O DAIA passou por períodos difíceis devido a mudanças políticas e falta de incentivos. Programas importantes como o Fomentar, colocado em prática no final dos anos oitenta, Produzir e Funproduzir criados no início dos anos dois mil, foram importantes no incentivo industrial para o estado de Goiás, pois simplificando tributos os empresários poderiam investir no polo industrial gerando empregos e riqueza. Hoje o Distrito conta com empresas do ramo farmacêutico, de alimentos, de automóveis, máquinas pesadas, de biodiesel, bens de consumo em geral e etc.
O Porto Seco é o terceiro maior do Brasil, classificado como um terminal alfandegário, o Porto movimenta e armazena um grande volume de mercadorias sob controle aduaneiro. Conhecido também como EADI - Estação Aduaneira Interior, Anápolis possui o privilégio de ter em seu território um gigante polo industrial gerador de empregos e renda. Por mais que houve problemas burocráticos e falhas na administração da construção da ferrovia Norte Sul, Anápolis recebe trecho de 855 km de trilhos saindo da capital do Tocantins, trajeto este que este em plena operação. O DAIA significa para Anápolis, Goiás, Brasil e o mundo que logística e investimentos podem mover riquezas.
Texto: Valter Lopes - Historiador
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FONTES:
Kossa Pablo. O marco do novo Goiás – 30 anos de Daia / Pablo Kossa. – Goiânia : Contato Comunicação, 2006. 92p.
Revista Brasileira de Geografia, Desenvolvimento Agrícola do Sudeste do Planalto Central, jan. – mar. 1957.
http://anapolis.go.gov.br/portal/anapolis/economia