Em 1996 a indústria brasileira cresceu 1,4%, isto é, 0,2% a menos que em 1995. A informação é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que avaliou a performance de oito estados.

Em todo caso, a indústria aponta crescimento pelo quarto ano consecutivo. O setor de bens de consumo duráveis é o que teve melhor desempenho: 11,2% a mais que 95, acumulando um aumento de 89,1% nestes quatro anos. Nos últimos meses de 96, o crescimento do setor de bens duráveis se estendeu tanto aos produtos de valor unitário mais alto, como motocicletas (43,4% e automóveis (19%), como os de preços mais baixos, a exemplo das bicicletas (20,6%) e eletrodomésticos (17,5%).

Os bens semi-duráveis e não duráveis cresceram 3% em 96 e os intermediários, 2,7%. O IBGE destaca também a evolução do setor extrativo mineral, que cresceu 9,7% no ano passado, e da atividade de construção, que apontou 5,6%. A performance negativa ficou a cargo da indústria mecânica, que no último trimestre de 96 registrou 28,1% abaixo do nível de produção do primeiro trimestre de 95. A produção têxtil também caiu 5,8% no ano, embora no segundo semestre, em relação a igual período do ano anterior, tenha expandido 8,9%.

Entre os estados pesquisados pelo IBGE, São Paulo apresentou uma queda na atividade industrial de 1,5%. No entanto, expandiu 7,1% em dezembro, em comparação ao mesmo mês de 95. Pernambuco (-10%) e Rio Grande do Sul (-0,2%) também apresentaram queda.

Para os demais estados, 1996 foi um ano produtivo. A atividade industrial em Minas Gerais cresceu 4,5%; na Bahia, 4,3%; no Rio de Janeiro, 4,1%; no Paraná, com 3,7% e Santa Catarina, 2,5%.

Conforme o IBGE, o desempenho industrial no ano decorreu da recuperação observada a partir do segundo semestre, já que no anterior houve uma retração de 4,6% em relação aos primeiros meses de 95.

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Referência:
Indústria registrou queda em 96. Goiás Industrial, Goiânia, Ascom, Março/Abril, 1997.